A BÍBLIA DOS 72 - SEPTUAGINTA
Quando Aristeu, aproveitando as boas circunstâncias da autorização de Ptolomeu para a tradução do Pentateuco para o grego, lhe pediu para libertar os judeus cativos desde o tempo de Sóter na campanha da Síria que eram cerca de 100.000.
Não pensou que o soberano aquiescesse de tão bom grado,apesar de Sosíbio de Tarento e André, os dois chefes da guarda pessoal do rei também partilharem desta libertação. Este gesto foi quase uma credencial junto de Eleazar,sumo sacerdote de Jerusalém,e reforçou a chegada da missiva de Ptolomeu onde este dizia que para bem de todos os judeus daqui e doutras partes do mundo, para conhecimento de todos os povos deveria a lei hebraica ser traduzida para o grego e figurar na biblioteca a par dos mais raros dos livros.
Foi ester selar das boas relações entre os dois povos finalizado com a chegada a Alexandria de 72 sábios judeus cuja erudição e escolha foi feita em 6 por cada tribo de Israel.
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Foi levado a cabo uma homenagem aos vindos, que durou sete dias com vários banquetes, durante estes Ptolomeu pode aferir do comportamento e frugalidade de pose dos estudiosos que o maravilharam na dialética, perguntava-lhe o soberano:" Como conservar o reino? "; "Como ter o assentimento dos amigos?"; "Como transmitir o reino intacto aos herdeiros?",e assim por diante. Mnedemo de Erétria, um dos presentes, um dialético que frequentara a Academia de Atenas, foi incapaz de discussão tão estravagante, mas os velhos anciãos não desanimaram e tiveram sempre respostas respeitosas e originais lembrando a idéia da omnipotência divina até mesmo na mais recôndita interrogação da mente humana.
Démetrio o plenipotenciário da biblioteca levou os 72 sábios para a ilha de Faros, num palácio quase junto ao farol,ali em maior sossego do que no Museu , os 72 eruditos fizeram todo o trabalho de tradução em 72 dias. Nasceu a Septuaginta a versão da Bíblia Hebraica para o grego Koiné. Embora com alguma contorvérsia (mais tarde), quanto à existência desta versão pré-cristã do velho testamento em grego , pois nunca foi encontrada nenhuma versão da mesma datada de antes de Orígenes(185-253 d.C.). A Septuaginta foi muito enaltecida na antiguidade,entre várias menções destacam-se as de Filon de Alexandria e de Flávio Josefo.
II APOGEU E DESTRUIÇÃO DA MAIS CÉLEBRE DAS BIBLIOTECAS
Não é só aos árabes que se deve atribuir a destruição da biblioteca de Alexandria em 646 da nossa era.Anteriormente outros actos de destruição puseram em causa todo o acervo de saber acumulado durante séculos. A biblioteca de Alexandria parece ter sido fundada por Ptolomeu I, ou Ptolomeu II. A cidade, como o seu nome indica, por Alexandre o Grande, nos começos do Inverno de 331 a.C. . Alexandria foi talvez a primeira grande cidade do mundo a ser construida unicamente com pedra e quase sem nenhuma utilização de madeira.
A biblioteca compunha-se de dez grandes salas e de câmaras separadas para os sábios, professores e estudiosos acreditados, salas de refeições e jardins. Parece ter sido Demétrio de Falerno,o primeiro plenipotenciário da biblioteca, nascido entre 354 e 348 a.C., contemporâneo e conviva de Aristóteles. Demétrio chegou a ser governador de Atenas durante dez anos.
Homem de grandes horizontes intelectuais, mecenas das artes, e até "um árbitro da elegância", contam os anais que foi o primeiro homem em Atenas a dar aos seus cabelos a coloração loura Após várias convulsões políticas é banido do governo e parte para Tebas, lá escreve um grande número de obras, das quais uma tinha um título estranho"Acerca de aparições e cintilâncias de luz nos céus". Talvez a primeira obra sobre Discos Voadores. Em 297 a.C. o Faraó Ptolomeu convida-o a instalar-se em Alexandria e fundar a biblioteca.
Entretanto 14 anos volvidos Ptolomeu I morre, e seu filho Ptolomeu II, que não apreciava muito Demétrio,exila-o em Busiris no Egipto, onde este morre da mordedura de uma serpente. É então nomeado bibliotecário responsável Zénodotus de Efeso. Depois sucendem-se durante vários séculos outros bibliotecários, tais como: Callimachus de Ciréne, Apollonius de Rodes,Eratosthénes,Aristophanes de Bizâncio,Aristarchus de Samotrácia, tantos quanto é dado saber dos registos. Durante este período o acervo da biblioteca prospera em numero de obras e raridade das mesmas: pergaminhos,mapas raros ,gravuras.
Para tudo isto contribuia a chegada incessante de barcos com livros para serem copiados e outros originais para aumentarem o acervo, sabia-se quase tudo sobre Roma um inimigo que mais tarde haveria de ser letal.
A primeira delapidação séria ocorre no ano de 47 a.C. aquando da presença de Júlio César e suas legiões no Egipto. A biblioteca estava no seu apogeu no que consta ao acervo,constava nesse tempo, e hoje julgamos ser verdade que existiam codificações raras e secretas, livros que podiam dar um poder quase ilimitado a quem deles se apoderasse.
No momento em que César chega a Alexandria, a biblioteca devia possuir cerca de 700.000 livros,porque existiria tanto medo no que estava exposto nalguns deles? Alguns documentos raros, de hoje, dão-nos a indicação de que existiam obras de todos os grandes pensadores e escritores gregos clássicos e outros de nomeada: Euclides,Aristarco de Samos,Arquimedes,Galeno, Herófilo,Hipátia,Ptolomeu; mas também obras que se diziam heréticas perigosas e imcompreendidas por algum poder vigente ou correntes religiosas.
A obra de Bérose era uma das que inquietava. Sacerdote babilónio refugiado na Grécia, descreve numa obra " História do Mundo" um avistamento e um encontro com o que se póde chamar hoje " entra-terrestres": chamava-lhe "Apkallus",semelhantes a peixes, viviam dentro de um envolucro semelhante a um escafandro. Ainda segundo esta descrição de Bérose, estes homens vindos das estrelas pretendiam entregar aos homens conhecimentos científicos. Bérose tinha vivido no tempo de Alexandre o Grande, e até à época de Ptolomeu I.
Tinha sido sacerdote de Bel-Marduk na Bbilónia. Era historiador, astrónomo e astrólogo. Inventou um calendário solar semi-circular; e o relógio de Sol;escreveu um tratado sobre o antagonismo entre os raio solares e os lunares e seus efeitos, o que se chama hoje inferência da Luz. Há elementos que fazem supor que a famosa Sibila, que profetizava,era sua filha.
Perdeu-se a " História do Mundo " de Bérose,restam-nos alguns fragmentos, mas a totalidade da obra estava em Alexandria e relatava o que os enviados do espaço tinham ensinado. Encontrava-se tabém em Alexandria a obra completa de Manéthon,sacerdote e historiador egipcio,contemporâneo de Ptolomeu I e Pltolomeu II,tudo indica que foi o último grande estudioso e codificador de todos os grandes segredos do antigo Egipto.
O seu nome póde-se interpretar como o " Bem amado de Toth" ou " Detentor da verdade de Toth". Este homem sabia tudo sobre o Egipto, estudando todas as formas de escritos hieroglificos, tinha tido ainda contácto com os últimos anciãos dos Templos. Deixou ainda uma obra de 8 livros, e reuniu na biblioteca quarenta rolos de pergaminho cuja escolha e raridade continha todos os segredos do mundo oculto egipcio e provavelmente do livro de Toth.
Se esta colecção não tivesse sido destruida,provavelmente poderiamos hoje saber tudo o que nos falta sobre os segredos dos primórdios do aparecimento do povo que deu lugar ao Egipto. Existia ainda na biblioteca de Alexandria obras do historiador fenício Mochus, que já descrevia muitos elementos que se enquadram hoje na base da Teoria Atómica. De todos estes manuscritos não restou nenhum,sómente referências a fragmentos. Sabemos,também hoje, que existia uma secção "Ciência das Matemáticas"; outra de " Ciências Naturais", existia ainda um catálogo geral que também foi destruido. Júlio César começou por ser para a história o primeiro destruidor.
Ainda hoje passados 2000 anos, se levantam partidários da inocência de César e partidários da sua culpa. Na verdade é que há registos que nesse ano de 47 a.C. , com a presença de César em edificios contíguos ao porto, manisfeta-se um grande e violento incêndio; teriam ardido cerca de 70.000 obras ( quantidade que seria difícil de apurar); outros atribuiem que César procurava o " Livro de Thot" e outros manuscritos egipcios de saber raro, grande parte das preciosidades estavam num armazém do porto contíguo a lugares dos edificios dos silos.
Começam nestes o incêndio de grandes proporções que alastrou ao depósito de papiro virgem e aos livros que deveriam ser embarcados. Mas a ofensiva maior no que toca a destruição começou por ser lançada pela imperatriz Zenóbia,voltam a desaparecer livros muito raros. Depois segue-se outro rude golpe no saber milenar. O Imperador romano Diocleciano (284-305 depois de J.C.), esta intenção de destruição está bem documentada.
Diocleciano queria que fossem destruidas todas as obras que transmitissem os segredos da fabricação de ouro e prata. Portanto todas as obras de Alquimia. Ele receava que os egipcios pudessem fabricar frequentemente ouro e prata e reforçar o exército, dotarem-se de uma armada forte e aliciarem mercenários e alianças com reinos vizinhos contra Roma. Diocleciano além de mandar destruir inúmeras obras raras e de grande saber para a humanidade. Mandou em 295 perpetrar um massacre violentissimo contra todos os cristãos que viviam em Alexandria.
Hoje não temos a lista de manuscritos destruidos,mas seguramente figuravam entre eles obras de Pitágoras,Salomão, e do próprio Hermes. Não obstante tudo isto a Biblioteca continuou a sua obra de se ir recompondo destas perdas até à tomada dos árabes ( os árabes,com algumas excepções,já tinham destruido dentro do próprio Islão-Pérsia, um grande número de livros secretos de magia,alquimia e astrologia). A palavra de ordem dos conquistadores era: « Não há necessidade de outros livros que o livro, isto é o Corão.
Assim, a destruição de 646 visava a destruição dos livros impuros. O historiador muçulmano Abb al-Latif (1160-1231) escreve: « A biblioteca de Alexandria foi consumida pelas chamas por Amr ibn-el-As, agindo por ordem de Omar o vencedor.» O próprio Omar era tão fanático que se opunha a que no próprio Islão fossem ensaidas obras sobre o Profeta,confortava-se dando ao intento de destruição um fim de combater o impuro,dado que nenhum daqueles livros falava do Profeta.
Com a ordem de Omar, Amr ibn-el-As mandou retirar milhares de rolos de papiro, e livros,mapas e outras preciosidades da biblioteca,destribuindo-os como combustíveis para as fornalhas das Hammas ( salas de banhos e saunas). Em 1692 o consul de França, M. de Maillet,nomeado no Cairo. Faz grandes pesquizas em Alexandria,diz-se que a cidade era quase vazia e deserta, os únicos habitantes eram compostos de muitos salteadores que viviam nas multiplas ruínas da cidade. Nenhuns livros de interesse foram encontrados, se restaram alguns foram levados para locais incertos.
Certamente escaparam ainda muitos livros raros; parece datar de 391 a última presença de duas sinarquias que lutavam pela guarda dos livros secretos da Biblioteca de Alexandria. A " Ordem Branca" que os queria perservar e os "Homens de Negro"que se empenhava na sua destruição final.
Não tivesse persistido esta sanha destrutiva no decorrer de largos períodos da história,e talvez hoje tivessemos mais adiantados na resolução dos grandes mistérios da Arqueologia,das Civilizações desaparecidas,da Evolução,da Ciência e do Espaço Estelar.
Resta-nos essa guarda perseverada só conhecida dos últimos dos iniciados,talvez à espera do derradeiro momento das necessidades humanas, dos ensinamentos dos últimos Atlantes virá o derradeiro códice que continuará a vida noutro local.
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