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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Animais Mitológicos - Ciclopes

Ciclopes

A construção das colossais muralhas das antigas cidades micênicas foi uma das muitas façanhas atribuídas aos ciclopes pela mitologia grega.
Segundo as lendas e obras épicas da antiga Grécia, os ciclopes eram gigantes monstruosos, de força descomunal, que possuíam apenas um olho no meio da testa.
Para Hesíodo os ciclopes eram três, filhos de Urano, o céu, e de Gaia, a terra. Chamados Brontes, Estéropes e Arges, forjaram os raios para Zeus e o ajudaram a derrotar seu pai, Cronos. Homero os descreveu na Odisséia como filhos de Posêidon, deus das águas, pertencentes a uma raça de pastores selvagens que habitavam a longínqua ilha de Trinacria, provavelmente a Sicília.
Para escapar com vida da fúria dos monstros, Ulisses cegou seu chefe, Polifemo. Outros autores, inspirados em Hesíodo, relatam que os ciclopes trabalharam como ferreiros para Hefesto. Habitavam o monte Etna e as profundezas vulcânicas e realizaram importantes trabalhos para os deuses, como o capacete de Hades e o tridente de Posêidon.
Também se atribuía a eles o controle dos fenômenos atmosféricos, a erupção dos vulcões e a edificação de construções gigantescas irrealizáveis por homens comuns. Segundo uma das lendas, foram todos mortos por Apolo.
São freqüentes as representações desses personagens míticos nos vasos e baixos-relevos antigos; nas pinturas de Pompéia, são representados com os raios próprios dos deuses.

Ciclopes
Em grego (Kýklops), "olho redondo", pois os Ciclopes eram concebidos como seres monstruosos com um olho só no meio da fronte. Demônios das tempestades, os três mais antigos são chamados, por isso mesmo, Brontes, o trovão, Estéropes, o relâmpago, e Arges, o raio.
Os mitógrafos distinguem três espécies de Ciclopes: os Urânios (filhos de Úrano e Géia), os Sicilianos, companheiros de Polifemo, como aparece na Odisséia de Homero e os Construtores. Os primeiros, Brontes, Estéropes e Arges são os urânios. Encadeados pelo pai, foram, a pedido de Géia, libertados por Crono, mas por pouco tempo. Temendo-os, este os lançou novamente no Tártaro, até que, advertido por um oráculo de Géia de que não poderia vencer os Titãs sem o concurso dos Ciclopes, Zeus os libertou definitivamente. Estes, agradecidos, deram-lhe o trovão, o relâmpago e o raio. A Plutão ou Hades ofereceram um capacete que podia torná-lo invisível e a Posídon, o tridente. Foi assim, que os Olímpicos conseguiram derrotar os Titãs.
A partir de então tornaram-se eles os artífices dos raios de Zeus.
Como o médico Asclépio, filho de Apolo, fizesse tais progressos em sua arte, que chegou mesmo a ressuscitar vários mortos, Zeus, temendo que a ordem do mundo fosse transtornada, fulminou-o. Apolo, não podendo vingar-se de Zeus, matou os Ciclopes, fabricantes do raio, que eliminaria o deus da medicina.
O segundo de Ciclopes, impropriamente denominados sicilianos, tendem a confundir-se com aqueles de que fala Homero na Odisséia. Estes eram selvagens, gigantescos, dotados de uma força descomunal e antropófagos. Viviam perto de Nápoles, nos chamados campos de Flegra. Moravam em cavernas e os únicos bens que possuíam eram seus rebanhos de carneiros. Dentre esses Ciclopes destaca-se Polifemo, imortalizado pelo cantor de Ulisses e depois, na época clássica, pelo drama satírico de Eurípedes, o Ciclope, o único que chegou completo até nós.
Na época alexandrina, os Ciclopes "homéricos" transformaram-se em demônios subalternos, ferreiros e artífices de todas as armas dos deuses, mas sempre sob a direção de Efesto, o deus por excelência das forjas. Habitavam a Sicília, onde possuíam uma oficina subterrânea. De antropófagos se transmutaram na erudita poesia alexandrina em frágeis seres humanos, mordidos por Eros.
A terceira leva de Ciclopes proviria da Lícia. A eles era atribuída a construção de grandes monumentos da época pré-histórica, formados de gigantescos blocos de pedra, cujo transporte desafiava as forças humanas. Ciclopes pacíficos, esses Gigantes se colocaram a serviço de heróis lendários, como Preto, na fortificação de Tirinto, e Perseu, na construção da fortaleza de Micenas.
Ciclopes
O Ciclope.
Uma bela jovem descansa sobre as flores;
atrás, o gigantesco ciclope observa, embevecido, com seu único olho.
Óleo sobre tela de Odilon Redon (1840/1916).
Data: 1898? 1914?
Otterlo (Holanda), Museum Kroller-Mueller.

Informações suplementares

Havia três espécies distintas de 'ciclopes' na mitologia grega: os urânicos, filhos de Uranos e Gaia, personagens da titanomaquia; os sicilianos, filhos de Posídon, personagens da Odisséia e, nas lendas tardias, simples artesãos a serviço de Hefestos; e os construtores, originários da Lícia (Ásia Menor), responsáveis por edificações constituídas de enormes blocos de pedra, como as velhas muralhas de Micenas e Tirinto.
Aparentemente, todos os ciclopes tinham em comum a estatura elevada, a força física, a habilidade manual e um único olho, situado no meio da testa.
Na pintura acima, o sombrio gigante de um olho só é mostrado em uma cena luminosa e leve, bem ao estilo de Odilon Redon, o maior dos simbolistas franceses.
A cena ilustra, provavelmente, a lenda (tardia) do ciclope siciliano Polifemos e da nereida Galatéia.

Ciclopes
A construção das colossais muralhas das antigas cidades micênicas foi uma das muitas façanhas atribuídas aos ciclopes pela mitologia grega.
Segundo as lendas e obras épicas da antiga Grécia, os ciclopes eram gigantes monstruosos, de força descomunal, que possuíam apenas um olho no meio da testa. Para Hesíodo os ciclopes eram três, filhos de Urano, o céu, e de Gaia, a terra.
Chamados Brontes, Estéropes e Arges, forjaram os raios para Zeus e o ajudaram a derrotar seu pai, Cronos.
Homero os descreveu na Odisséia como filhos de Posêidon, deus das águas, pertencentes a uma raça de pastores selvagens que habitavam a longínqua ilha de Trinacria, provavelmente a Sicília.
Para escapar com vida da fúria dos monstros, Ulisses cegou seu chefe, Polifemo.
Outros autores, inspirados em Hesíodo, relatam que os ciclopes trabalharam como ferreiros para Hefesto. Habitavam o monte Etna e as profundezas vulcânicas e realizaram importantes trabalhos para os deuses, como o capacete de Hades e o tridente de Posêidon.
Também se atribuía a eles o controle dos fenômenos atmosféricos, a erupção dos vulcões e a edificação de construções gigantescas irrealizáveis por homens comuns.
Segundo uma das lendas, foram todos mortos por Apolo.

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