Conclusão
Alexandre não conseguiria tamanha façanha se não tivesse o apoio de um exército de homens devotados, especialmente o seu exército de engenheiros. Como enfrentaria exércitos superiores em número, sem a construção de catapultas e aríetes, e como calcularia o ângulo e a distância dos arremessos das balistas para atingirem os alvos com precisão? Como o rei Macedônio construiria navios para enfrentar seus inimigos vindo do mar ou explorar rios selvagens?
Sem a determinação dos engenheiros, Alexandre e seu exército de homens e cavalos não teriam como transpor rios largos para prosseguir sua marcha. Será que conseguiria, sem a criatividade dos soldados projetistas, que tiveram a idéia de usar sacos de couro flutuantes, cheios de ar e palha, para sustentarem troncos de madeira amarrados um no outro e assim formar balsas? Será que sem os cálculos dos engenheiros militares saberia quantos desses sacos seriam necessários para obter uma ponte suficientemente resistente para passar todo o exército com total segurança?
CATAPULTA
A falange , criada por rei Filipe, com suas sarissas,
(lanças de mais de 5 metros), era capaz de enfrentar tanto uma cavalaria pesada como choques frontais dos carros de combate do inimigo.
Torre com ariete na base usada para invadir cidades fortificadas
BALISTA
Para se armar a balista era necessário puxar a corda para trás usando a engrenagem. Como uma gigantesca besta, conforme a corda era tensionada colocava-se um dardo de cabeça metálica ou com ponta incendiária e então disparava.
Alexandre III faz parte do pequeno e privilegiado grupo de homens que definiram o curso da história humana. Seu talento militar se impôs sobre o Império Persa e assentou as bases da frutífera civilização Helenística. Alexandre nasceu em 356 a.C. no palácio de Pella, Macedônia. Filho do rei Felipe II, se destacou cedo como um rapaz inteligente. Quando tinha 13 anos, seu pai (vivido por Val Kilmer no filme) incumbiu um dos homens mais sábios de sua época, Aristóteles, de educá-lo. Apesar do apelido dado por causa da grandeza de suas conquistas, media apenas 1,52m. Também se distinguiu nas artes marciais e na doma de cavalos de tal forma que em poucas horas dominou o Bucéfalo, que viria a ser sua inseparável montaria. Alexandre percebeu que o animal temia a própria sombra e voltou-o contra o sol, conseguindo desta maneira domá-lo.
Alexandre teve oportunidade de demonstrar seu valor aos 18 anos, quando venceu o batalhão sagrado de Tebas na Batalha de Queronéia em 338 a.C. Depois do assassinato de seu pai em 336 a.C., subiu ao trono da Macedônia e se dispôs a iniciar a expansão territorial do reino.
Na Grécia, encontrou grande resistência, o que o obrigou a um violento ataque no qual morreram milhares de tebanos. Pacificada a Grécia, o jovem rei elaborou seu mais ambicioso projeto: a conquista do Império Persa.
Em Sardes, na Lídia, Alexandre construiu um templo a Zeus, o Deus padroeiro da Macedônia.
Alexandre prosseguiu triunfante em sua jornada, arrebatando cidades aos persas, até chegar a Górdia, onde cortou com a espada o ''Nó Górdio'', o que, segundo a lenda, lhe assegurava o domínio da Ásia. Em seguida, o rei macedônio empreendeu a conquista da Síria em 332 a.C. e entrou no Egito.
O sonho de Alexandre, de unir a cultura oriental à ocidental, começou a concretizar-se. O rei da Macedônia iniciou um processo pessoal de orientalização ao tomar contato com a civilização egípcia. Respeitou os antigos cultos aos deuses egípcios e até se apresentou no santuário do Oásis de Siwa, onde foi reconhecido como filho de Amon e sucessor dos faraós.
Em 332 a.C. fundou a Alexandria, cidade que viria a converter-se num dos grandes focos culturais da antigüidade. Depois, com a morte de Dario, em 330a.C., Alexandre foi proclamado rei da Ásia e sucessor da dinastia persa.
Em 328 a.C casou-se com Roxana, filha do sátrapa da Bactriana, com quem teve um filho de nome Alexandre IV. Na verdade, Alexandre teve mais duas esposas e um amante, o amigo inseparável Hefestião. Quando Hefestião morreu, dizem, Alexandre ficou tão arrasado que teria chorado incessantemente por dois dias. Sua mãe, Olímpias, também é uma personagem interessante: quando não participava de orgias, dormia acompanhada de suas estimadas cobras.
Em 327 a.C. dirigiu suas tropas para a longínqua Índia, país mítico para os gregos, no qual fundou colônias militares e cidades, entre as quais Nicéia e Bucéfala, esta erigida em memória de seu cavalo. Ao chegar ao Rio Bias, suas tropas, cansadas de tão dura viagem, se negaram a continuar. Alexandre decidiu regressar à Pérsia, viagem no qual foi ferido mortalmente e acometido de febres desconhecidas, que nenhum de seus médicos soube curar.
Alexandre morreu na Babilônia, a 13 de junho de 323 a.C., com a idade de 32 anos. O império que com tanto esforço edificou e que produziu a união do Oriente e do Ocidente, começou a desmoronar.
Seu império foi dividido por seus generais: Seleucos I fundou a Dinastia Seleucida na região da Síria; Ptolomeu I fundou a Dinastia Ptolomaica no Egito; Lisimacos se apoderou da região da Trácia e Felipe III da Macedônia e Grécia.
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