quarta-feira, 4 de maio de 2011

ARQUITETURA GREGA 2

A principal função da arquitetura, pintura e escultura de monumentos até aproximadamente o ano 320 a.C. era de caráter público, ocupando-se de assuntos religiosos e dos acontecimentos civis mais importantes, como as competições esportivas. Os cidadãos só utilizavam as artes plásticas na decoração de suas tumbas e as artes decorativas, para a produção de objetos de uso privado. O enxoval doméstico continha um grande número de vasilhas de terracota pintadas e com acabamento sofisticado; as famílias mais ricas possuíam vasilhas de bronze e espelhos. Em muitos objetos produzidos em terracota e bronze havia pequenas figuras e baixos-relevos.
A maioria das construções levadas a cabo pelos arquitetos gregos foi feita em mármore ou em calcário, além de madeira e telhas, usadas na cobertura dos edifícios. Os escultores trabalharam o mármore e o calcário, modelaram a argila e fundiram suas obras em bronze. As grandes estátuas votivas foram esculpidas em lâminas de bronze ou em madeira recoberta com ouro e marfim. Algumas vezes, as cabeças ou os braços estendidos foram realizados em separado e, posteriormente, unidos ao torso. A escultura em pedra e em argila era total ou parcialmente pintada com pigmentos brilhantes. Os pintores gregos colocavam pigmentos na água para pintar grandes murais ou vasilhas decoradas. Os ceramistas modelavam suas vasilhas em tornos de oleiro e, quando elas ficavam secas, poliam-nas, pintavam-nas e coziam-nas.

ARQUITETURA GREGA

Na construção de templos e edifícios públicos, os arquitetos gregos não usavam material aglutinante para unir as pedras de que se faziam as colunas: estas eram apenas superpostas, mas, apesar dos poucos meios disponíveis para o corte e polimento, se encaixavam com tal precisão que entre uma e outra não há como inserir uma agulha. A arquitetura grega tem no templo sua expressão maior e na coluna sua peculiaridade. A coluna marca a proporção e o estilo dos templos. De início, os gregos conheceram dois tipos de ordem (estilo) de colunas, a dórica e a jônica, e mais tarde acrescentaram a coríntia, derivada da jônica, com o capitel dotado de folhas de acanto. Na arquitetura do período geométrico, entre os anos 900 e 725 a.C., as casas são de plano irregular e os templos têm planta ora longa e estreita, ora quase quadrada, com uma coluna central (ou fila central de colunas) como arrimo.
Os modelos de terracota das construções de Argos deixam perceber um par de colunas ante uma pequena câmara retangular, sobre a qual se alteia um telhado pontiagudo. Os materiais de construção preferidos eram o tijolo cru e a madeira, com alguma utilização da pedra. A partir do século VI a.C., desenvolveram-se as ordens dórica e jônica, essencialmente gregas. O mais primitivo exemplo da ordem dórica vê-se no templo de Apolo, em Termo, na Etólia, e a ordem jônica nasceu no Egeu oriental, em cidades como Samos e Esmirna. O templo ganhou em amplitude e a utilização da pedra, sobretudo mármore, tornou-se cada vez mais freqüente. Relevos escultóricos passaram a adornar as construções, com motivos florais e figurativos, como no templo de Prínias.
Durante curto intervalo, praticou-se em Neandria e outros lugares o rebuscado capitel palmiforme de tipo eólico, de origem síria. Em Prínias, Deméter e Selino persiste um modelo de templo destituído de pórtico, que pressupõe origem mais antiga. Entre os anos 600 e 500 a.C. (período arcaico), os modelos esboçados no período anterior foram ampliados e elaborados com refinamento gradativo das proporções, enquanto os capitéis se tornaram mais elegantes e a ação escultórica dos frontões passou a integrar-se melhor na estrutura arquitetônica.
Ao mesmo tempo, a cor foi amplamente utilizada para vivificar o ornamento em pedra, geralmente mármore. O típico templo grego passou a obedecer então a um plano em que se sucedem um pórtico de acesso, a câmara principal com a imagem da divindade e, com freqüência, um aposento aos fundos. Uma colunata (peristilo) circunda o conjunto, coberto por um telhado reclinado. Duas filas de colunas dividem, às vezes, a cella (câmara reservada à divindade) numa nave central e duas alas laterais. Exemplos marcantes de templos dóricos arcaicos acham-se em Corfu, Termo, Selino, Sele, Pesto, Atenas, Cirene, Corinto, Súnio, Asso e Delfos. Entre os mais importantes templos jônicos do período citam-se os de Éfeso e Samos, ambos dípteros, ou seja, dotados de dupla colunata.

PERÍODO CLÁSSICO
Toda a arquitetura clássica produzida entre os anos 500 e 300 a.C., caracteriza-se por um senso absoluto de organicidade e equilíbrio, subordinando-se suas proporções à ordem matemática. Nessa época, que se estende do término do templo dos Alcmeônidas, em Delfos, ao início do "século de Péricles", quando se empreendeu o embelezamento da acrópole de Atenas, os esforços dos arquitetos concentraram-se particularmente no aperfeiçoamento da ordem dórica. As cidades e ilhas jônicas caíram em poder dos Persas, o que talvez explique a raridade dos templos jônicos na época. Em contraposição, os arquitetos esforçaram-se para harmonizar as relações entre os diversos elementos arquitetônicos e determinar módulos para a ordem dórica. A primeira grande construção dórica do período foi o templo de Zeus, em Olímpia, erguido segundo risco de Libão em 456 a.C.
Quando Atenas foi reconstruída, no governo de Péricles, concentraram-se na colina da Acrópole vários templos dóricos, dos quais o mais importante - que, na verdade, marcou o apogeu do estilo clássico - é o Pártenon, construído por Ictino e Calícrates e decorado com esculturas concebidas por Fídias. A partir de então, essa obra, com oito colunas de frente e 17 de cada lado, influenciou toda a arte e toda a arquitetura da Grécia, fornecendo-lhe um padrão em que se unem a concepção ideal da forma e das proporções humanas e um enfoque emocional sereno e despojado.
Os templos jônicos do período clássico, se perderam em amplitude quando comparados aos da época arcaica, superaram-nos em graça e pureza. As ordens dórica e jônica lançavam mão de motivos abstratos ou semi-abstratos para simbolizar a vida orgânica. Os arquitetos do período clássico tardio, ao contrário, preferiram traduzi-la mais literalmente e para tal fizeram uso de ornamentos inspirados no acanto e outras plantas. Surgiu assim a última ordem da arquitetura grega, a coríntia, anunciada no templo de Apolo, em Bassas, e que se fez popular a partir de 334 a.C. Em seguida, o estilo coríntio combinou-se ao dórico em muitos edifícios: aquele reservado para o interior, este para a fachada (templos de Atena, em Tégea, por Escopas). O fim do período clássico presenciou uma revitalização do estilo jônico, por influência do arquiteto Píteas (túmulo de Mausolo, em Halicarnasso), que abandonou a busca do refinamento em troca da monumentalidade.

PERÍODO HELENÍSTICO
Até a fase clássica, os arquitetos gregos encaravam cada construção como uma unidade completa em si mesma e, como tal, destacada das demais. No período helenístico (entre os anos 300 e 100 a.C.), tal tendência desapareceu e os arquitetos, acostumados a projetar novas cidades, buscaram o complexo arquitetônico, que realizaram em sítios como Cós, Pérgamo, Antioquia, Selêucia e Magnésia. Foi a época do desenvolvimento do urbanismo: os pórticos multiplicaram-se e as ruas cruzaram-se em ângulo reto, freqüentemente flanqueadas por colunatas. O plano das ágoras (praças) tornou-se regular, com construções consagradas às reuniões populares. Também nessa época o conjunto passou a ofuscar o detalhe, como se observa nos templos elaborados por Cossúcio (o de Zeus, em Atenas) e Hermógenes (o de Ártemis, na Magnésia), ou no grande altar de Pérgamo.
O interesse deslocou-se para os edifícios seculares ou semi-seculares, como deambulatórios (colunatas de Priene, Pérgamo e Atenas), assembléias (Mileto) ou bibliotecas (Pérgamo), sem falar nos palácios, vilas e residências. As residências do período helenístico são de proporções modestas, mas a partir do século III a.C. tornaram-se luxuosas. As peças são dispostas em torno de um pátio central com peristilo dórico, e decoração em pintura, estuque e mosaico. A construção dos teatros modificou-se: desapareceu o coro e o proscênio aumentou com uma parede de fundo decorada.
O contato com as arquiteturas não-helênicas (do Egito, Síria, Mesopotâmia) levou à produção de novos tipos arquitetônicos, com o que se enriqueceu o repertório ornamental. As ordens gregas atingiram a Pérsia e mesmo a Índia, fundindo-se em muitas ocasiões aos estilos locais. À ornamentação de cunho vegetal juntou-se, por necessidade rítmica, a de base animal, e não raro os ornamentos foram concebidos como réplicas realistas de objetos do culto (guirlandas, peças rituais). Na era cristã, a basílica helenística foi a mais usada até o século V. No início do século VI surgiu a igreja de cúpula e planta grega. Antes livre, a planta cruciforme passou a ser inserida em paredes retangulares, com muros externos octogonais. Seu apogeu verificou-se nos séculos XI e XII, com o uso de quatro cúpulas, uma em cada braço da cruz.

Santuário de Afaya em Aegina.
Os gregos foram os primeiros artistas realistas da história, ou seja, os primeiros a se preocupar em representar a natureza tal qual ela é. Para fazerem isso, foi fundamental o estudo das proporções, em cuja base se encontra a consagrada máxima segundo a qual o homem é a medida de todas as coisas. Podem-se distinguir quatro grandes períodos na evolução da arte grega: o geométrico (séculos IX e VII a.C.), o arcaico (VII e VI a.C.), o clássico (V e IV a.C.) e o helenístico (do século III ao I a.C.)
No chamado período geométrico, a arte se restrigiu à decoração de variados utensílios e ânforas. Esses objetos eram pintados com motivos circulares e semicirculares, dispostos simetricamente. A técnica aplicada nesse trabalho foi herdada das culturas cretense e micênica. Passado muito tempo, a partir do século VII a.C., durante o denominado perído arcaico, a arquitetura e a escultura experimentaram um notável desenvolvimento graças à influência dessas e outras culturas mediterrâneas.
Também pesaram o estudo e a medição do antigo megaron micênico, sala central dos palácios de Micenas a partir da qual concretizaram os estilos arquitetônicos do que seria o tradicional templo grego.
Entre os séculos V e IV a.C., a arte grega consolida suas formas definitivas. Na escultura, somou-se ao naturalismo e à proporção das figuras o conceito de dinamismo relfetido nas estátuas de atlestas como o Discóbolo de Miron e o Doríforo de Policleto. Na arquitetura, em contrapartida, o aperfeiçoamento da óptica (perspectiva) e a fusão equilibrada do estilo jônico e dórico trouxe como resultado o Partenon de Atenas, modelo clássico por excelência da arquitetura dessa época.
No século III, durante o período helenístico, a cultura grega se difunde, principalmente graças às conquistas e expansão de Alenxandre Magno, por toda a bacia do Mediterrâneo e Ásia Menor.
Não resta dúvida de que o templo foi um dos legados mais importantes da arte grega ao Ocidente, devendo suas origens ser procuradas no megaron miscênico, aposento de morfologia bastante simples, apesar de ser a acomodação principal do palácio do governante, sendo este, no princípio, o esquema que marcou os cânones da edificação grega.
Foi a partir do aperfeiçoamento dessa forma básica que se configurou o templo grego tal como o conhecemos hoje. No princípio, os materiais utilizados eram o adobe - para as paredes - e a madeira - para as colunas. Mas, a partir do século VII a.C. (período arcaico), eles foram caindo em desuso, sendo substituídos pela pedra. Essa inovação permitiu que fosse acrescentada uma nova fileira de colunas na parte externa (peristilo) da edificação, fazendo com que o templo obtivesse um ganho no que toca à monumentalidade. Surgiram então os primeiros estilos arquitetônicos: o dórico, ao sul, nas costas do Peloponeso, e o jônico, a leste.

Templo dórico

Templo jônico
Os templos dóricos eram em geral baixos e maciços. As grossas colunas que lhes davam sustentação não dispunham de base, e o fuste tinha forma acanelada. O capitel, em geral muito simples, terminava numa moldura convexa chamada de equino. As colunas davam suporte a um entablamento (sistema de cornijas) formado por uma arquitrave (parte inferior) e um friso de tríglifos (decoração acanelada) entremeado de métopas.
A construção jônica, de dimensões maiores, se apoiava numa fileira dupla de colunas, um pouco mais estilizadas, e apresentava igualmente um fuste acanelado e uma base sólida. O capitel culminava em duas colunas graciosas, e os frisos eram decorados em altos-relevos. Mais adiante, no período clássico (séculos V e IV a.C.), a arquitetura grega atingiu seu ponto máximo. Aos dois estilos já conhecidos veio se somar umoutro, o coríntio, que se caracterizava por umcapitel típico cuja extremidade era decorada por folhas de acanto.

Templo coríntio
As formas foram se estilizando ainda mais e acrescentou-se uma terceira fileira de colunas. O partenon de Atenas é a mais evidente ilustração desse brilhante período arquitetônico grego.
Na época da hegemonia helenística (século III a.C.), a construção, que conservou as formas básicas do período clássico, alcançou o ponto máximo de suntuosidade. As colunas de capitéis ricamente decorados sustentavam frisos trabalhados em relevo, exibindo uma elegância e um trabalho dificilmente superáveis.
No mundo grego, os estilos eram identificados de acordo com as ordens arquitetônicas que regulamentavam toda a obra dos artistas. A ordem dórica é expressa por uma coluna simples, com caneluras profundas, sem base e encimada por um capitel. A jônica é mais fina e graciosa, tem coluna canelada e capitel com volutas. A ordem coríntia, por sua vez, tem coluna bem canelada e capitel profusamente decorado com folhagens, o que o faz bastante diferente dos outros.
Ali, mas uma vez vemos como o vestuário se relaciona com as linhas da arquitetura. O peplo dórico (à esquerda), como a coluna do mesmo estilo, é sóbrio - severo até. O quitão jônico (à direita), ao contrário, apresenta-se bem mais leve e esguio - seguindo o estilo da coluna que caracteriza a respectiva ordem arquitetônica

Os gregos destacam-se na arquitetura artística por seu gênio criador, que pode ser admirado no Partenon de Atenas e em outros vestígios, até hoje.
Como os deuses gregos não estavam separados dos homens, assumiram suas feições. Por esse motivo, os templos eram construídos mais como moradia dos deuses que como lugar de adoração. Esculturas e pequenos modelos de argila datados de 1000 anos antes de Cristo mostram que os primeiros templos eram semelhantes às cabanas dos gregos.
Para chegar às construções de hoje, provavelmente, os gregos começavam por levantar uma coluna em honra de um deus ou acontecimento importante. Com o passar do tempo, foram capazes de descobrir a possibilidade de juntar três elementos e construir, daí surgiu o dólmen (em forma de mesa).
É atribuída grande importância ao dólmen, uma vez que ele é a base das construções praticadas pelos gregos. Desta maneira, foi possível a criação de grandes colunas, arcos, portas e janelas.
A existência de um pórtigo sobressalente (semelhante a uma varanda), na entrada das casas e templos, destinava-se a abrigar as estátuas dos deuses e proteger as multidões do tempo. Para a sustentação deste pórtico, surgiram as colunas, que mais tarde foram também motivo de decoração e embelezamento. As iniciais duas colunas de sustentação passaram a ser várias para demonstrar seu maravilhoso entalhe e desenhos. Com mais sustentação, poderia suportar um teto maior e criar grandes salas com vasto espaço.
Na construção dessas colunas, passou-se da madeira (perecível ao tempo), à pedra, em especial o mármore, que conservava os desenhos gregos nos templos.
Os mais importantes templos da antiga Grécia têm estilo dórico, que surgiu como substituição das colunas de madeira. Em função da necessidade de uso dessas colunas dóricas, fixam suas características: três grandes sulcos de cima a baixo, uma peça redonda e outra quadrada formando o topo para dar sustentação e evitar infiltrações. Mais tarde, surge o estilo coríntio, que passa a enfeitar com desenhos e elementos esculpidos a velha e tradicional coluna dórica. Os romanos adotaram esse tipo de coluna coríntia, rendendo-se à supremacia cultural grega.
Nada é arbitrário ou puramente decorativo na arquitetura grega. Em virtude do sistema de medidas, detalhes ganham dimensão e proporções fixas, criando a harmonia do conjunto. Foi no Partenon de Atenas que essa harmonia atingiu seu mais alto grau, tornando-o uma das maiores obras de arte de todos os tempos.

Partenon

Célebre templo, da ordem dórica, foi concluído em 438 a. C., por obra de Ictinos de Mileto e o escultor Fídias. Suas colunas distribuem-se em oito na frente e dezesseis de cada lado. Havia no templo uma estátua da deusa Atena. Era feita de ouro e marfim, sendo muito mais alta que um homem, daí sua imponência. Infelizmente, nada restou dessa estátua, além de modelos de argila que seus devotos guardam ou descrições de viajantes.

A arquitetura de adobe na Mesopotâmia

A arquitetura de adobe na Mesopotâmia
Civilização assentada em uma zona pantanosa entre os rios Tigre e Eufrates, suas primeiras habitações devem ter sido choças de juncos (planta pantanosa de regiões temperadas, caule cilíndrico, delgado e flexível), com esteiras para tapar buracos e para impermeabilização utilizavam substâncias betuminosas. Os povos mesopotâmicos também foram célebres trabalhadores de blocos de argila: adobes. A argila era encontrada em abundância para a fabricação de tijolos. Os adobes eram blocos prismáticos de barro seco ao sol de uns 35cm de comprimento. Era costume dispô-los ainda úmidos, de forma que, ao secarem, constituíssem blocos compactados. Por vezes, as paredes reforçavam-se com encadeados de madeira e tijolo. A partir do IV milênio costumava-se esmaltar a face externa dos tijolos para preservar as paredes de umidade. Raras vezes se utiliza a argamassa de cal para a fixação ou o betume. A escassez e a má qualidade da pedra que se tinha determinaram a sua pouca utilização como material de construção. A pedra e a madeira precisavam ser importadas.
As cidades eram planejadas com uma planta quadrada, e possuíam muralhas defensivas, resultado da necessidade e se evitar invasões e dominações por outros povos. As muralhas eram construídas com barro cru com 6 metros de espessura, estucadas e decoradas com cenas das vidas dos Reis. ZIGURATE: monumento sagrado. Eles dominavam a técnica dos tijolos esmaltados e relevos.
Os tijolos eram usados, na maioria das vezes, crus e de preferência úmidos, o que dava ao conjunto a solidez e aparência de um monobloco de argila. Era comum usar os tijolos crus servindo como embasamento (miolo) para depois ser revestido com tijolos cozidos. O betume, farto na Babilônia, também serviu como argamassa para os tijolos e para a impermeabilização das galerias de escoamento de águas pluviais; eram grandes mestres de drenagem. Com a intenção de manter tanto os cadáveres como os utensílios secos e conservados, instalaram tubos e manilhas, com forma de um hiperbolóide de revolução para aumentar a sua resistência. Na parte superior eram constituídos de calotas esféricas sobrepostas e perfuradas.
A pedra foi sempre para os povos antigos um material de luxo, que reservavam para a escultura, quer livre, quer incorporada à decoração arquitetônica. As paredes se levantavam sobre fundações de escassa profundidade. A espessura era variável. É muito característica a decoração das paredes com mosaicos, que são também usados para decorar o fuste dos pilares. Como suporte empregou-se a madeira (na maioria originária das palmeiras ou cedro) e mais tarde os pilares de tijolos. A madeira devia ser transportada e, tal como no Egito, era escassa; por isso foi raramente empregada nas construções.
As abóbadas: os babilônios foram verdadeiros mestres na construção das abóbadas. Com o objetivo de se reduzir os vãos a se vencer com a cobertura, existia a preocupação de ir se reduzindo a largura das galerias. Abobadas de berço: as paredes vão se aproximando aos poucos até restringir-se a uma linha, uma seqüência de tijolos chamados chaves de abóbada. Em todos os palácios haviam galerias de descarga de águas pluviais, cobertas por abóbadas de berço.
Segundo escavações, a construção dos templos remonta o IV milênio a.C. O modelo do templo é uma edificação quadrada formada por uma nave com câmaras laterais e capelas na cabeceira. A entrada na lateral impede que a imagem seja vista a partir da porta: sistema em cotovelo.
A idéia do recinto sagrado se desenvolve a partir do III milênio: o templo situado numa esplanada a que se acede por uma escadaria. Esse templo era denominado zigurate, uma pirâmide escalonada de vários pisos, que mantém um certo paralelismo com os teocalli mexicanos. A construção desse tipo de edificação também se faz pelo processo de empilhamento de pedra, muita das vezes feita sem a utilização de argamassa. Eram normalmente de planta retangular, com esplanadas superiores acessadas por conjuntos de escadas, com as paredes revestidas com tijolos coloridos e fortalecido com contra-fortes. Nas tumbas reais eram realizadas escavações de uma fossa profunda, em cujo fundo se fizeram as câmaras funerárias, com abobadas e cúpula, cobrindo-se com terra. Os primeiros agrupamentos das habitações sumérias formaram-se com casas organizadas como recintos retangulares, sem mais abertura do que a porta que dava para o pátio, centro da casa. Eram construções de adobe, às vezes reforçado com canas. Nestas construções, as canas - que foram o material estrutural utilizada primitivamente - curvaram-se para amarrá-las aos postes centrais, para os extremos adquirirem forma de voluta.
Os palácios: alguns deles, como o de Mesalim de Kish, constituíam uma verdadeira cidade. Era formado por dois corpos independentes de estreita planta retangular, coroados por amplas esplanadas em que se dispunham jardins, o que garantia certo grau de umidade, benéfico para melhorar a conservação dos adobes. Compreendia vários pátios com dependências anexas, para além de templos com zigurates. O habitual era que o palácio, como o santuário, constituísse um núcleo independente do casario, isolando-se dele por uma alta muralha. Esta organização passará ao mundo assírio e mais tarde ao bizantino e ao islâmico, mantendo-se o conceito de pequena cidade dominando a grande.
Nota-se um funcionalismo muito acentuado, sem a menor preocupação com a simetria. Os corredores tortuosos e a disposição confusa sempre indicam uma preocupação com ataques surpresa; defesa da casa e do proprietário.
PÉRSIA (Planalto do Iran): Ocupou um local abundante em pedra: o mármore de várias colorações. Utilizavam alvenaria de tijolos e pedra, coberturas em madeira (que vinham dos montes do Líbano através dos desertos da Síria, arrastados pelas planícies da Mesopotâmia em dezenas de carros). A pedra e o mármore eram utilizados nas colunas (tambores). A alvenaria de pedra possuía grandes peças com mais de 4 metros de comprimento, unidas uma à outra com grampos de ferro cravados e envoltos com chumbo. O emprego da abóbada e da cúpula pelos persas, estendeu-as até Constantinopla (Istambul) e fez surgir a estruturação da arquitetura bizantina. Os persas não tinham conhecimento da abóbada de arestas. Utilizavam a construção da cúpula esférica para os edifícios de planta octogonal.

Arte e arquitetura nas civilizações egípcias

Arte e arquitetura nas civilizações egípcias
O território egípcio pode ser dividido em Alto e Baixo Egito. É uma região de vales localizados sob um clima de poucas variações, temperado e de atmosfera seca e límpida, e assolada por um sol muito forte.
Se analisarmos o caráter das edificações da civilização egípcia percebemos que a construção simbolizava a recriação para o rei morto da vida que ele levava na terra. Elas tinham um caráter predominantemente funerário. As tumbas eram realizadas por motivos políticos e religiosos, antes mesmo das necessidades naturais de sobrevivência. Nos seus rituais de inumação, eles envolviam os corpos em esteiras e os colocavam com a cabeça orientada para o quadrante sul. (prescrições religiosas ao culto solar). A idéia primitiva da existência de uma divindade e de uma vida após a morte é um fator decisivo e marcante das obras de arquitetura egípcia. A idéia de reencarnação da alma irá condicionar todas as formas de desenvolvimento das construções. A exemplo dos símbolo da serpente que morde a própria calda, podemos encontrar símbolos diversos que trazem a idéias de vidas sucessivas sem princípio nem fim. As principais divindades eram retratadas na figura do Deus Sol (Rá = representado por um sol alado) e Horus (o sol nascente). A doutrina esotérica egípcia é baseada na ressurreição e no renascimento. Eram extremamente preocupados com a orientação solar das edificações: o que definia o posicionamento era fundamentado no conceito de "força vital" emanada pelo sol, que deveria continuar a ser captada pelo morto durante certos períodos do ano.
O processo de mumificação pode ser entendido como sendo responsável pela salvação da alma. Quanto aos edifícios funerários, podemos hierarquizá-los primeiramente nas pirâmides e depois nas mastabas.
Quanto aos métodos construtivos, as paredes e os muros eram inclinados em função da técnica do empilhamento. As principais construções acompanham o Vale do Nilo. Existia um predomínio da linha horizontais e desprezo pelas curvas. Eles nunca foram grande carpinteiros, evitavam o andaime e escoramentos devido à escassez e a má qualidade das madeiras da região. A pedra e a argila se impuseram definitivamente sobre a madeira, somente utilizadas nos andaimes. A pedra utilizada nos templos e nos túmulos era a pedra de grés ou calcária. nas residências, nos palácios e nas construções militares eram utilizados os tijolos de argila misturados com palha e secos ao sol. Os tijolos eram unidos por meio de argamassa de argila ou areia fina. Nunca foram cozidos, mas eram usados apenas depois de completamente secos. Os ângulos inclinados da alvenaria de tijolos eram conseguidos pelo assentamento escaliforme das unidades. Os egípcios evitavam a construção de andaimes. Nas grandes construções, como as pirâmides e certos templos, os andaimes eram substituídos por enormes rampas de terra ou tijolo que eram retiradas depois de pronta a obra. A pedra era aparelhada somente na parte que era visível, e usada em vários tamanhos conforme a necessidade estática. Às vezes utilizavam monolitos de mais de 70 toneladas. A alvenaria de pedra era do tipo "pedra seca". As fundações eram pouco profundas, repousando sobre um compacto leito de areia.
Os arquitetos egípcios solucionavam sérios problemas de estática com o emprego de tijolos de barro, na construção de abóbadas de berço ou cúpulas. Outro grande problema para eles era o esforço de flexão sobre as vigas de pedra. Uma solução encontrada foi o "falso engaste". A condição ideal era buscada através da colocação de uma grande carga distribuída sobre as vigas, na direção vertical das paredes onde elas se apoiavam. O engastamento reduz as flechas provenientes da flexão, o que se dá em virtude da anulação dos momentos negativos sobre os apoios. As coberturas dos edifícios eram planas e construídas com vigas de pedra dispostas horizontalmente e que se apoiavam em colunas. As colunas podiam ser monólitos ou constituídas de tambores monolíticos. A elevação e o transporte das grandes massas de pedra, eram feitos com o emprego de alavancas (ascensão) e de rampas (deslizamento). Os obeliscos eram transportados através do Nilo, presos a duas ou mais barcas, e mergulhados na água, o que reduzia consideravelmente o seu peso.
De todas as figuras geométricas, o triângulo foi o preferido do Vale do Nilo, seja pelo fato de ser um polígono indeformável, seja por ser "trino" (a trindade estava impressa em todos os princípios se sua doutrina religiosa) o fato é que eles empregaram largamente esta figura. Entre os triângulos, um lhes chamou particularmente a atenção: o que exibia em seus lados a relação três, quatro e cinco, e que era portanto um trilátero retângulo. Esta figura deve ter sido de grande importância, pois como sabemos, permite a construção fácil e exata de linha perpendiculares, até pelo emprego de uma simples corda. Na figura que se chama "regulador de proporções", o cateto menor tripartido simbolizava Osiris, a base com quatro divisões representava Isis e a hipotenusa fragmentada em cinco figurava Horus. O perfil das abóbadas de tijolo era desenhado a compasso, com três centros feitos sobre os três vértices de dois destes triângulos geminados. Outro triângulo retângulo possui a relação áurea - a hipotenusa e o menor cateto guardam entre si a relação 1,618. Antes dos gregos, os egípcios procuraram corrigir as ilusões de ótica, oriundas das grandes fachadas horizontais onde existe a repetição sistemática de elementos como por exemplo as colunas. Os gregos compensavam a flecha aparente por uma curva inversa, segundo um plano vertical, enquanto os egípcios a compensavam no sentido de um plano horizontal.
"Nenhuma arquitetura tem como esta a exata correspondência das massas, ninguém sabe talvez, melhor sacrificar a realidade para obter a aparência." Auguste Choisy
A arquitetura deste povo é inegavelmente única em relação às características plásticas. Nos túmulos e templos, ela ostenta um caráter eminentemente grandioso, monumental, rica, maciça e austera, com a predominância dos cheios sobre os vazados, e possuidora de uma simetria rígida, que se manifesta até na colocação dos monumentos exteriores ao prédio, como os obeliscos, esfinges, mastros e estátuas. Está perfeitamente enquadrada dentro da concepção estática da forma estabelecida por Lúcio Costa, na qual "a energia plástica do objeto, parece atraída por um suposto núcleo vital."
A pirâmide é um monumento tipicamente egípcio. Os seus primeiros exemplares eram escaliformes. Os mais importantes destes monumentos estão em Giseh, próximo do Cairo e foram erigidos durante a IV dinastia (3.733-3.566 AC) por três reis Cheops, Quefrem e Miquerinos. A preocupação de defender cada vez mais a múmia da profanação dos vivos, fez com que as primitivas mastabas se transformassem progressivamente nestes monumentos.
A Grande Pirâmide, a de Quéops possui originalmente cerca de cento e quarenta metros de altura e duzentos e trinta de lado e está com suas faces voltadas para os quatro pontos cardeais. Foram empregados, aproximadamente dois milhões e trezentos mil blocos de pedra na sua construção. Possui apenas estreitas galerias para o acesso às três câmaras funerárias e tubos ventiladores. A mastaba era um tipo de túmulo que copiava fielmente a casa de residência egípcia. Retangulares ou quadradas, eram todas muito sólidas. Possuem três câmaras, sendo a entrada da mortuária disfarçada. Os hipogeus são sepulcros escavados na rocha. Compõem-se de um pórtico que dá para a câmara de oferendas que por sua vez se liga a câmara mortuária. Os templos egípcios não eram utilizados para preces comuns ou rituais públicos, mas para rituais misteriosos e desfiles sacerdotais. Possuíam, geralmente, três partes distintas: um pátio parcialmente descoberto, repleto de colunas, uma ante-sala hipostila e o recinto sagrado, proibido ao povo.
O templo era uma obra longa. Sua construção levava às vezes centenas de anos para ser concluída. Outra característica marcante nos templos do Vale do Nilo era a sua policromia interior. Esses desenhos narravam de maneira singela a história do templo e dos deuses em homenagem aos quais ele tinha sido construído, a vida dos faraós e seus construtores, e das pessoas que colaboraram para a sua realização. Os obeliscos eram pilastras decorativas que serviam como marcos históricos. Compunham-se de um vasto monólito, prismático de base quadrangular, que se pode encontrar sempre aos par, nas entradas de alguns templos. A esfinge era uma estátua situada à entrada da Grande Pirâmide, e voltada para o oriente. É quase um monólito esculpido em pedra viva. As residências privadas eram de alvenaria de tijolos e teto plano com terraço; as janelas eram invariavelmente abertas para um pátio ou jardim interno. As defesas militares eram construídas em planaltos de quase vinte metros de altura. Eram edificados de tijolos crus e as suas paredes atingiam dez metros de espessura e eram dotadas de vigas e outros elementos estruturais embutidos na alvenaria.


William Wallace

William Wallace é certamente um herói para os escoceses, tanto que mereceu o filme CORAÇÃO VALENTE que bateu recordes de bilheteria com Mel Gibson no papel do protagonista, mas a maior parte dele parece ter nascida de lendas, sabe-se que ele...

nasceu em Elderlie, na Paróquia de Paisley. Seu pai era servo do Alto Administrador da Escócia, James Stewart e é possível que Wallace tenha recebido educação em Paisley Abbey, pois parece que sabia latim e francês, ele tinha tios sacerdotes e é provável que eles o tenham ensinado. Casou-se com Marian Braidfoot por volta de 1297 na igreja de St. Kentingern, em Lanark como foi retratado no filme Coração Valente, Marian (ou Murron) foi assassinada a mando do xerife inglês de Lanark, William de Hazelrig, em maio de 1297. Entretanto, parece que, na verdade, ela foi morta porque Wallace fez mais do que protegê-la de um ataque dos soldados ingleses, como foi mostrado no filme, Parece que ele já havia se revoltado contra os ingleses quando eles mataram Marian em represália como foi retratado no filme Coração Valente, Marian (ou Murron) foi assassinada a mando do xerife inglês de Lanark, William de Hazelrig, em maio de 1297, Ao mesmo tempo em que Wallace estava atacando Hazelrig, Andrew, Murray estava liderando um ataque contra os ingleses nas Highlands. Houve também outras rebeliões por todo o país naquela ocasião, a inquietação era devida à imposição de regras estritas aos escoceses depois que John Balliol, que esteve no trono da Escócia por um breve período, renunciou ao reinado. Edward I tinha o controle da Escócia, pois ela não tinha rei, e ele queria ter certeza de que os escoceses não se libertassem das suas mãos. Sob tal opressão, não foi surpresa que os escoceses reagissem, muitos deles, por serem pobres, usando como armas os implementos agrícolas. O imenso ato de rebelião de Wallace atraiu a atenção das pessoas comuns e também dos nobres escoceses, nenhum deles querendo se submeter aos grilhões de Edward I. Eles, inclusive James Stewart, Sir James Douglas e Robert the Bruce, aliados com Wallace e sob a tutela do Bispo de Glascow, Robert Wishart, prepararam-se para se libertar dos grilhões dos ingleses. Wallace e Murray ficaram chocados quando os nobres, que eram seus aliados, se renderam aos ingleses em nove de julho de 1297, em Irvine. Em resposta, os dois homens começaram a assumir o controle das forças rebeldes, que haviam se espalhado pelo país. Em agosto eles haviam consolidado os rebeldes em um só exército em Stirling, Em 11 de setembro de 1297 as forças inglesas foram reunidas ao redor do Castelo de Stirling, ao passo que os escoceses estavam no lado oposto do rio Forth, tudo o que os separava era uma ponte sobre o Forth. Por serem mal comandados pelos seus líderes, os ingleses caíram em uma armadilha ao cruzarem a ponte e foram massacrados pelos escoceses. Foi uma vitória incrível para Wallace e Murray, infelizmente, Murray foi mortalmente ferido durante a batalha e morreu pouco tempo depois. Wallace assumiu o controle dos rebeldes, mas é sabido que ele perdeu um companheiro insubstituível em Murray, ainda assim, Wallace liderou seus homens em um ataque mortal a County Durham, Inglaterra, em outubro e em novembro ele e seus homens retornaram para a Escócia para esperar o inverno rigoroso. Durante esse tempo, ele reconsolidou suas forças. Em março de 1298, Wallace foi feito cavaleiro, possivelmente pelo próprio Robert the Bruce, em Tor Wood e foi designado como Guardião da Escócia. O fato de um homem de seu meio ser designado para uma posição tão potencialmente poderosa, indicou o quanto ele era reverenciado pelos nobres, por seu papel em tentar libertar a Escócia, e como a liberdade era desejada pelos nobre escoceses. Não existem provas de que Wallace tenha jamais usado mal o poder que lhe foi dado pelos nobres. Em vez disso, ele o usou com o melhor de suas habilidades para reunir os cidadãos e os nobres ao seu redor para lutar contra os ingleses, isto é para seu crédito, pois muitos nobres poderiam não ter sido tão nobres na mesma posição, Wallace permaneceu firme e não desistiu do seu objetivo de liberdade para a Escócia. .Edward I e seus homens finalmente se dirigiram para a Escócia, em julho de 1298. Uma das táticas de Wallace era remover todos os animais e pessoas do caminho que os ingleses tomariam através da Escócia para encontrá-lo, Isso garantiria que os ingleses não encontrariam provisões nem informações ao viajarem para o norte, uma outra tática de Wallace era treinar seus homens para usar shiltrons os grupos de homens armados com lanças virados para todas as direções, formando uma defesa como a de um porco-espinho ou ouriço. No file não foram usados shiltrons verdadeiros, mas foram substituídos por lanças longas usadas para defesa contra a cavalaria pesada inglesa no entanto, os shiltrons haviam provado ser muito bem sucedidos em batalhas passadas, Wallace e seus homens aguardaram os ingleses, Infelizmente, o exército inglês era muito maior que o escocês e, a despeito dos melhores esforços de Wallace, os ingleses dizimaram os escoceses em Falkirk. O próprio Wallace mal escapou do campo com vida. Alguns historiadores acreditam que Robert the Bruce esteve envolvido no resgate de Wallace do campo de batalha, como foi mostrado no filme, mas outros colocam Bruce em Ayrshire, onde ele atacou o Castelo de Ayr, que estava sob ocupação inglesa de qualquer forma históricamente em ambos os casos Robert não estava ao lado do rei como mostra o filme Depois da horrível perda escocesa em Falkirk, Wallace renunciou como Guardião, embora não se saiba se ele o fez de vontade própria ou não, Robert the Bruce e seu primo John Comyn, the Red, foram indicados para substituí-lo naquela posição .Muito pouco se sabe sobre as atividades de Wallace depois da renúncia, até a sua captura e execução em 1304. Como foi retratado em Coração Valente, Wallace provavelmente liderou diversos ataques ao norte da Inglaterra. No entanto, o que não foi incluído no filme foi a possibilidade de Wallace ter ido para o continente para procurar ajuda de escandinavos, franceses e até do Papa. Uma carta de Philip IV foi enviada para Roma pedindo que Wallace recebesse a ajuda que fosse possível. Com base na data da carta, provavelmente Wallace estava em Roma em 1300. Os ataques à Inglaterra continuaram em 1303, a maioria deles executados no estilo de Wallace, embora não saibamos se ele era realmente um membro desses grupos atacantes, seu mentor ou apenas os inspirou, no entanto, essas incursões adicionais à Inglaterra serviram somente para enraivecer ainda mais Edward I, de maneira que ele concentrou seus esforços em encontrar Wallace. Com a ajuda dos muitos escoceses que o acreditavam herói, Wallace conseguiu iludir Edward, pelo menos por algum tempo mas Edward submeteu os nobres escoceses à submissão com tanta força que os dias de Wallace estavam contados embora nada seja sabido a respeito da verdadeira captura de Wallace perto de Glasgow, a não ser pelo fato de que ela foi realizada pelo escocês John Mentieth (ou, como dizem algumas fontes, pelo servo de Mentieth), sabemos que Wallace foi levado para Londres imediatamente, como é mostrado no filme, e chegou lá em 22 de agosto. Ele foi levado pelas ruas de Fenchurch na manhã seguinte, onde as multidões, da mesma forma que no filme, zombaram dele e lhe atiraram comida e pão podres pois os ingleses foram levados a acreditar que Wallace era um impiedoso fora-da-lei que havia morto ingleses inocentes e que deveria ser punido. No Westminster Hall, Wallace foi obrigado a ficar em uma plataforma e usar o que alguns acreditavam que era uma coroa de espinhos. Ele ficou diante de uma magistratura designada por Edward, curiosamente, uma das principais acusações contra ele era o assassinato do Xerife de Lanark, Hazelrig, oito anos antes, outra acusação era, naturalmente, traição, as acusações eram lidas e a sentença pronunciada, como era costume do dia, pois os marginais, estando fora da lei, não tinham direitos. Wallace não teve oportunidade de falar em sua própria defesa e a sentença foi executada imediatamente: Wallace foi amarrado com couro e arrastado por diversos quilômetros até Smithfield, depois, como é mostrado no filme, foi enforcado até ficar quase inconsciente e então amarrado a uma mesa, estripado e suas entranhas queimadas ainda presas a ele. Provavelmente foi também castrado. Finalmente, ele foi libertado do seu sofrimento inimaginável pela decapitação. Seu corpo foi esquartejado, os pedaços enviados para Newcastle-upon-Tyne, Berwick, Perth e Stirling. Sua cabeça foi colocada em um pique na Ponte de Londres para que todos a vissem, como advertência para outros possíveis traidores. As crenças de William Wallace são claras no que alguns dizem que era seu verso favorito, originalmente em latim: "Liberdade é a melhor de todas as coisas a ser conquistada, a verdade lhe digo então, nunca viva com os grilhões da escravidão, meu filho" E então foi no dia 3 de agosto de 1304 que Sir John Mentieth capturou William Wallace em algum lugar perto de Glasgow , Mentieth havia estado do lado da liberdade dos escoceses algum tempo antes, mas ficou ganancioso e sucumbiu a Edward I e como recompensa, ele foi feito xerife de Dumbarton. Embora não haja indicação de que Wallace estava a caminho para encontrar The Bruce quando foi traído, o filme foi preciso ao retratar a traição por um de seus próprios conterrâneos. Hoje podemos ver vários monumentos escoceses a seu herói: um no Castelo Edinburgh, a um lado da entrada (The Bruce ocupa o outro lado); um em Lanark, em um nicho acima da porta da atual igreja da paróquia de frente para a High Street, e o mais famoso, em Stirling, no National Wallace Monument. Wallace embora morto há sete séculos ainda vive na história e na imaginação da Escócia.